
Acompanhamento Terapêutico no Fim da Vida
Cuidado integral para pacientes em fase terminal e apoio emocional aos familiares.
O que ofereço:
Sessões terapêuticas individuais com foco na aceitação da morte como parte natural da vida. Ajudando o paciente a viver esse momento com serenidade, consciência e vínculos afetivos fortalecidos.
Abordagem integrativa:
Diálogos terapêuticos, Reiki, massagens, florais e escuta ativa. Um olhar humanizado que respeita corpo, mente e essência.
Para familiares:
Atendimento acolhedor com técnicas que promovem equilíbrio emocional, fortalecimento da fé e esperança, e preparo amoroso para o momento da despedida.
Benefícios:
• Redução do sofrimento emocional
• Maior aceitação e paz interior
• Comunicação mais afetiva com a família e cuidadores
• Apoio espiritual e energético
• Alívio e suporte para quem acompanha o processo
Quem sou:
Sou Rute Cardoso, terapeuta com 28 anos de experiência em cuidados corporais, emocionais e espirituais. Especialista em Terapias Integrativas e Complementares, com foco em pacientes em fase terminal e suporte a seus familiares.
Veja o currículo extenso no site: https://www.rute.cardoso.nom.br/rute-cardoso/
Sessões com duração de 50 minutos | Atendimento humanizado e personalizado
Agende uma conversa e conheça o cuidado que transforma despedidas em momentos de amor e conexão.
Que tudo seja auspicioso!

Reflexões sobre a Vida e a Morte – Um Relato Pessoal
Fui chamada para acompanhar a Clarisse, uma mulher de 40 anos que estava internada, já em fase terminal de um câncer bem avançado. Quando cheguei, encontrei uma pessoa super cética, sem nenhuma crença espiritual, muito apegada à vida e completamente revoltada com a situação. Ela não aceitava de jeito nenhum o que estava acontecendo.
Queria respostas, mas estava tomada por sentimentos como ódio, raiva e muito medo. Tratava todo mundo com bastante frieza… mas, por algum motivo, simpatizou comigo.
Foi difícil me aproximar de verdade. Ela tinha uma casca grossa, reagia mal, falava com dureza. Mas aí descobri que ela gostava de cantar — e foi por aí que consegui uma brecha. Comecei a falar com ela usando poesia. Isso foi abrindo espaço para um diálogo mais leve. Aos poucos, consegui responder às perguntas dela de uma forma mais simples e tranquila, sem forçar nada, só oferecendo uma outra visão sobre a vida, a morte, e o que pode existir além.
Apresentei a ela a prática da Autocura Tântrica NgalSo. Confesso que me surpreendi com o quanto ela se encantou. Era uma forma de tratar o sofrimento dela num nível mais sutil, já que o corpo físico estava num processo sem volta.
Conversamos por umas duas horas. Falei sobre como a vida continua, só que de um outro jeito. Disse que aquela era uma chance valiosa de crescimento espiritual, talvez a mais rápida que ela teria. Ela dizia o tempo todo que amava viver, e eu dizia que, se a vida aqui já era tão bonita, a próxima poderia ser ainda melhor — e que ela podia aproveitar isso, porque, sinceramente, não dava para recusar.
Mesmo não totalmente convencida, e sem que eu quisesse forçá-la a nada, ela me deixou rezar. E rezou comigo. Cantou. Com uma voz linda. Passamos quatro horas intensas — choramos, rimos, cantamos juntas. No fim, ela deixou que eu voltasse para continuar com as sessões de Reiki e ajudá-la com as orações e rituais de passagem. Queria entender tudo aquilo de forma bonita, sem medo, aceitando que esta vida já estava ficando para trás, mas que outras portas estavam se abrindo.
No segundo encontro, ela estava bem dopada por causa dos remédios. Irritada, cansada, achando tudo ruim no hospital. Mesmo assim, me recebeu bem. Coloquei uma música, começamos a cantar e a rezar mantras de Autocura. Ficamos juntas por duas horas. Ela dormia, acordava, divagava… mas o tempo todo segurou minha mão com força. Como se aquilo desse segurança a ela.
No nosso terceiro e último encontro, ela já estava em coma induzido. Mesmo assim, fiquei com ela por uma hora e meia, rezando e cantando em voz audível, fazendo Reiki nos chakras. Foi a nossa despedida.
Tive a honra de ser a primeira a chegar ao velório. Acendi as velas, fiquei com ela sozinha por um bom tempo. Cantei, dancei, conversei. Falei tudo que sentia, guiei mentalmente a passagem dela. Quando terminei o que queria fazer como ritual de despedida, os familiares começaram a chegar. Me encontraram serena, com o coração tranquilo. Missão cumprida.
Minha alegria foi tão sincera que contagiou. Muitos vieram me perguntar sobre o que eu acreditava, como o budismo vê a morte. O velório foi muito bonito. Um padre conduziu uma reza emocionante, e as amigas da Clarisse cantaram músicas de dança circular — aquelas que ela tanto amava.
Desde então, sigo com o coração cheio de fé e convicção de que Clarisse encontrou a paz que tanto buscava. Foi uma experiência transformadora. Sou muito grata por ter vivido isso e dedico todas as bênçãos que recebi nessa jornada para que mais pessoas possam ter uma morte tranquila, consciente e cheia de luz.